A ocupação de pequenos espaços varia de acordo com as necessidades dos usuários. No entanto, a utilização de cores claras, variando dos tons pastéis ao branco, assim como o equilíbrio entre a iluminação natural e artificial, são fundamentais para que o espaço tenha aparência de proporções mais amplas e você não cometa erros de decoração.
Por outro lado, segundo alerta a arquiteta Marilice Casagrande Lass Botelho, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo (UP), alguns excessos e erros de decoração cooperam para tornar um espaço menor, como, por exemplo:
- Excesso de mobiliário: reduz áreas de circulação;
- Excesso de cores e texturas: interferem na ambientação e no aspecto psicológico do usuário;
- Excesso de objetos: interferem na ambientação e no aspecto psicológico do usuário;
- Utilização de cores escuras: provocam a sensação de diminuição do espaço;
- Pouca iluminação (natural e/ou artificial): provocam a sensação de diminuição do espaço.
Outro fator que contribui para ampliar um cômodo é a utilização de espelhos, que é recorrente nas propostas para espaços pequenos, pois possibilitam sua “duplicação”, ganho de reflexão da luz e valorização da ambientação. “O cuidado que se deve tomar ao empregar os espelhos é verificar antecipadamente o que esse espelho irá refletir, já que, na tentativa de melhorar o espaço, pode-se incorrer no erro de valorizar elementos ou objetos secundários”, alerta a arquiteta.
Sem erros de decoração: dicas para análise de espaços
Conforme relata Marilice, a análise de um espaço, independentemente de sua dimensão, passa por diversas fases, porém, a primeira delas se dá com a percepção do que se visualiza ao entrar nesse espaço. “Existe nesse espaço um ‘ponto focal’? Ou seja, ao adentrarmos no espaço, o que capta nosso olhar? Valorizar ou mudar o foco de atenção desse espaço será uma estratégia a ser adotada”, orienta.
Outros fatores podem ajudar na tomada de decisões na hora de decorar um ambiente, entre eles a análise do fluxo de circulação das pessoas no espaço e eventuais conexões com outros cômodos. Também é importante verificar as aberturas, ou seja, é necessário analisar janelas e/ou portas-janelas para priorizar ou não a iluminação natural na escolha dos objetos como plantas naturais e equipamentos eletrônicos.
Conforme explica a professora, os sistemas de iluminação artificial são recursos poderosos de valorização do espaço, pois possibilitam a mudança de ambiência no período noturno, assim como o ganho de conforto, na medida em que a luz adequada traz aconchego e evidencia as cores e os objetos.
A fase final da decoração acontece com a organização de objetos na ambientação do espaço. “A sua correta utilização possibilita a personalização, assim como pode ser estratégia de rápida mudança, pois uma simples troca de almofadas vai gerar alteração na percepção do espaço”, orienta Marilice.
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